PODER DA FÉ
A fé expressa-se mediante a confiança que o
Espírito adquire em torno de algo. Apresenta-se natural e adquirida. No
primeiro caso, é espontânea, simples, destituída de reflexão ou exigência
racional, característica normal do ser humano. Na segunda acepção, é conquista
do pensamento que elabora razões para estabelecer os seus parâmetros e manifestar-se.
Robustece-se com a experiência dos fatos, tornando-se base dos comportamentos
lógicos e das realizações significativas do pensamento e da experiência humana.
A fé procede também de vivências
transatas, quando o Espírito enfrentou situações e circunstâncias que foram
experienciadas, deixando os resultados dos métodos utilizados para superá-las.
[...] O homem que tem fé reconhece os
limites das próprias forças e não se aventura em empresas que lhe podem
comprometer a resistência, levando-o à falência moral. Por isso há um limite,
entre a fé e a ação, que deve ser tido em conta quando da tomada de decisão
ante o que fazer ou deixar de realizá-lo.
Face à proposta de que nada é impossível
quando se crê, é necessário decodificar o que significa essa crença, à luz da
psicologia profunda, para não se tombar no fanatismo perturbador e insensato.
[...] A fé racional nunca excede os
limites da sua capacidade nem se doira de ambição descabida, conhecendo as
possibilidades que possui e os meios de que se deve utilizar para os
cometimentos que enfrentará.
É pujante, mas não presunçosa; é nobre mas
não jactanciosa.
À luz da
psicologia profunda, uma fé diminuta, um grão de mostarda que lhe represente a
dimensão, tudo consegue e nada será impossível, porque se apoia, sobretudo, na
razão.
Fonte: Jesus e o evangelho a luz da psicologia profunda
Joanna de Ângelis / Divado P. Franco
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