quarta-feira, 21 de agosto de 2013

DETERMINISMO E LIVRE ARBÍTRIO

 
 
"O HOMEM E SUA FELICIDADE" 
A Doutrina Evangélica como Moral -  item 7
Carlos Toledo Rizzini
 
[...] Sem o livre arbítrio, o homem não teria nem culpa das faltas cometidas, nem méritos das boas ações. Semelhante propriedade o torna responsável pelos atos; isto significa que ele há de responder pelas consequências do que fizer, sem procurar ocultar-se detrás de outrem. Mais ainda, em virtude da citada lei de ação e reação, deverá receber o choque de retorno determinado pelo ato lançado e reabsorver as consequências, boas ou más, que este gerar. Só tal consideração já mostra que o livre arbítrio é relativo (ou a liberdade é condicionada); se agregarmos os fatos passados ainda não solucionados, teremos, no destino humano, uma faixa determinística, na qual não podemos interferir livremente. Por isso, muita coisa fazemos ou sofremos sem gostar das situações ou sem decidir racionalmente. Casamos mal frequentemente e não raro temos filhos de uma espécie desagradável; trabalhamos no que não apreciamos e convivemos com gente que nos aborrece e até prejudica. Passamos privações ásperas e vai por aí: é o passado que volta exigindo expiação ou reparação de antigos deslizes contra o próximo (ou necessidade de desenvolver o amor n'alma). Mas, ainda nessa eventualidade, o livre arbítrio não desaparece e nem mesmo dentro da solitária (A. Luiz) ele falece de todo: sempre poderemos melhorar ou piorar a nossa situação conforme a vontade levar-nos à ponderação ou à revolta. Contudo, útil será que o leitor lembre que a liberdade existe sobretudo na fase de decisão, enquanto a mente avalia os prós e os contras do que pretende fazer; emitida a ação, ela segue uma trajetória no espaço empós do alvo designado e acarretará, para o agente, efeitos muita vez lamentáveis a longo prazo. Ao depois, ela só poderá corrigir tais resultados exteriorizando impulsos em sentido contrário, construtivos.[...]
 
 
 
 

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